quarta-feira, 10 de agosto de 2016

A série #OcupeÁgua tem por objetivo dar visibilidade às lutas pelo acesso e uso da água posta em ação pelos sujeitos sociais no território cearense.




A série ‪#‎OcupeÁgua‬ tem por objetivo dar visibilidade às lutas pelo acesso e uso da água posta em ação pelos sujeitos sociais no território cearense. Há uma ampla e numerosa diversidade de povos rurais e urbanos que, há décadas, vêm sofrendo com a forma como a questão hídrica foi e é gerenciada pelo Estado. Desde a prioridade no uso da água para o agrohidronegócio, até a concessão de outorgas para a utilização de elevada quantidade de água pelo setor industrial, como a Termelétrica no Pecém, há um conjunto variado de ações que impactam diretamente a vida das pessoas comuns. Falta d’água para abastecimento humano, insuficiência hídrica para criação e cultivo da agricultura camponesa, privatização da água, problemas de saneamento básico, racionamento para os mais pobres, dominação dos órgãos gestores pelos interesses grande capital, entre muitas outras dificuldades acabam sendo eclipsadas, por um lado, pelo discurso histórico do problema “natural” das secas e, por outro lado, por uma perversa lógica do progresso, um modelo de desenvolvimento, que se projeta através da carcinicultura, da fruticultura irrigada e das indústrias hidrointensivas que são, ao mesmo tempo, os principais utilizadores de água e maiores beneficiários de subsídios/isenções oferecidos pelo Governo do Estado.
‪#‎OcupeCeará‬ é portanto um movimento que busca servir de canal e suporte para a projeção de falas e denúncias por aqueles que foram ou são atacados pela escandalosa e irresponsável forma de gestão privatista das águas no Ceará, além de ser um convite para ocuparmos e nos apropriarmos da água que é nossa, que é do cidadão comum, dos povos do campo, cidade e do mar, e não do grande empresariado. Confira o link:  
https://www.youtube.com/watch?v=c-eP17tEMts#action=share




segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Liberação de mais água para o Vale do Jaguaribe é aprovada.

A ampliação da perenização do Rio Jaguaribe também foi aprovada ( Foto: Ellen Freitas )








Limoeiro do Norte. Os comitês de bacias do Baixo e Médio Jaguaribe e
do Banabuiú se reuniram, na manhã desta quarta-feira (3), para deliberar
reforço de água visando o abastecimento humano da região do Vale do 
Jaguaribe, com objetivo de atender à demanda do segundo semestre deste
ano.
Enquanto o Comitê da Bacia do Banabuiú decidiu, na sede de Quixadá, sobre
a liberação de água do Açude Arrojado Lisboa (Banabuiú), integrantes dos
comitês do Baixo e Médio Jaguaribe travaram uma discussão calorosa
sobre os parâmetros para utilização da água perenizada do Rio Jaguaribe, 
oriunda do Açude Castanhão.

Para o Jaguaribe, estão sendo liberados apenas 5.5m³/s para atender
à demanda produtiva da irrigação, no Perímetro Irrigado
Jaguaribe-Apodi, o abastecimento das cidades de São João do Jaguaribe,
Tabuleiro do Norte, Limoeiro do Norte, Quixeré e Russas e as comunidades
no entorno do trecho perenizado do rio. Por outro lado, Jaguaruana, Itaiçaba,
Palhano e Aracati ficaram sem trecho perenizado.

Resoluções

Entre as decisões importantes tomadas pelos comitês, ficou acordado
que o trecho perene do manancial deve chegar até, no mínimo, a cidade
de Jaguaruana, quando antes era apenas até a cidade de Russas. 
Além disso, para irrigação dos pequenos não deverão sofrer redução áreas
de até cinco hectares de culturas perenes e três hectares de culturas 
temporárias. Para os grandes irrigantes, acima de cinco hectares,
haverá suspensão na produção de culturas temporárias acima de três
hectares, além de uma redução de 50% na oferta de vazão para
culturas perenes. A redução desta segunda é com base na vazão de
2014, quando a produção era considerada dentro do normal. Novos usos
e carcinicultura utilizando água do Rio Jaguaribe estão suspensas.

A perenização do rio ajudará no abastecimento da sede de Jaguaruana,
que, segundo informou a prefeita Ana Teresa, se encontra com menos
de 35% da sua área abastecida. A gestora apontou também a dificuldade
na perfuração de poços e a demora na instalação de energia e equipamentos
para levar água até a estação de tratamento. "Estamos passando por grande
dificuldade para abastecer a cidade. Essa perenização deverá ajudar
também as comunidades no entorno do rio, que estão sem água para
beber e para os animais", ressaltou a prefeita.

Em Quixadá, o comitê aprovou a liberação de 2m³/s do Açude Arrojado
Lisboa, na cidade de Banabuiú, para dar suporte ao abastecimento do
Vale do Jaguaribe. A água será liberada via Rio Banabuiú e deverá dar
suporte a cidades como Morada Nova e Limoeiro do Norte. A votação
contou com maioria a favor da ajuda. Atualmente, o reservatório se
encontra com 0,74% de sua capacidade total. Com a decisão, a partir
de hoje o volume aprovado deve ser liberado pelos próximos 20 dias.

De acordo com o gerente regional da Companhia de Gestão
de Recursos Hídricos (Cogerh), Luis César, a água deverá ser
usada exclusivamente para abastecimento humano e
dessedentação animal. Nos próximos dez dias o Comitê deve
novamente se reunir para avaliar se as metas que foram simuladas
condizem com a real situação do Açude após a liberação da água.

Vereador João Alfredo do PSOL pronuncia-se em apoio à ocupação da Secretaria de Recursos Hídricos no dia 03 de agosto de 2016 na Câmara Municipal de Fortaleza.

Pronunciamento do vereador João Alfredo (PSOL) em apoio à ocupação da Secretaria de Recursos Hídrico, feito no dia 3 de agosto, na Câmara Municipal de…
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Os parâmetros definidos pelo o Comitê do Baixo e Médio Jaguaribe no dia 03 de agosto de 2016 no auditório do IFCE de Limoeiro do Norte.


http://www.ceara.gov.br/sala-de-imprensa/noticias/17510-comite-do-baixo-e-medio-jaguaribe-definem-diretrizes-de-operacao-20162-no-rio-jaguaribe
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