quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

A CÁRITAS DEIXA À VOCE ESSE PRESENTE DE NATAL ...


"Um dia, há alguns milhares de anos, nasceu uma criança dentro de uma manjedoura, lugar impróprio, época imprópria, no entanto é quando as trevas mais se tornam intensas que a luz brilha com mais força. Essa criança cresceu e sua luz se expandiu dissolvendo as trevas e iluminando os caminhos rumo à salvação.
E então mais uma vez é Natal. Momentos de Reflexões, Promessas, Intenções que se repetem, a magia do Renascimento. 
É Natal! Ele chegou! Soem todos os sinos, brilhem todas as estrelas no coração de todos os seres, com anseios de esperança e paz. 
Que neste Natal você O encontre não só na alegria que sente ao sair das lojas com presentes para as pessoas que você ama, mas também na feição triste da criança abandonada nas ruas, na qual muitas vezes você esbarra apressadamente. Que você encontre o que busca no momento em que pegar nas mãozinhas delicadas de seu filho ou de uma criança.
 
À todos, que durante esse ano esteve junto conosco, e àqueles que não puderam estar na presença, mas com certeza esteve no nosso coração desejamos um FELIZ NATAL!"

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Paralisação do 'Projeto do DNOCS em Apodi'


Paralisação do 'Projeto do DNOCS em Apodi' 


A Chapada Apodi – RN tem a segunda maior produção agroecológica nacional, onde milhares de famílias subsistem nos 49 % do território rural da cidade, de maneira totalmente alternativa e livre de agrotóxicos. São mais de 500 famílias que vivem na chapada do Apodi, que construíram seus valores, seus vínculos de amizade, seu trabalho aos moldes da agricultura familiar e, se veem agora ameaçados em sua integridade psicológica e raízes que lapidaram em extrema consonância com o clima semiárido, para dar lugar a um projeto do capital, que descabidamente dará lucro as multinacionais.
Este projeto O projeto, capitaneado pelo Departamento Nacional de Obras Contra as Secas -DNOCS, consiste na desapropriação de 13.855 ha (treze mil oitocentos e cinquenta e cinco) hectares para a implementação de um programa de fruticultura irrigada sob o comando de quatro grandes empresas, deslocando de maneira forçada cerca de 6.000,00 (seis mil agricultores) que vivem em 30 comunidades na região acerca de cinquenta anos. A possível implantação do projeto será o fator de desarticulação da experiência agroecológica e de agricultura familiar ao priorizar a monocultura e a exploração de grandes extensões de terra, com grande utilização de agrotóxicos, causando diversos problemas aos recursos naturais e à vida humana. Representará, também, a implosão de um grave problema social, já que as indenizações a serem pagas aos agricultores serão em valores ínfimos, impossibilitando-os de ter nova moradia e outra forma de sustento.
Considerando que o DNOCS, impõe o projeto do “Perímetro Irrigado da Chapada do Apodi”, o qual, tem por objetivo o cultivo de frutas com o uso de insumos agrícolas (agrotóxicos), cercamento das áreas irrigadas e destinação das terras prioritariamente a grandes multinacionais.
Deve-se ponderar ainda, que para que se efetive esse projeto, uma média de 300 famílias serão desapropriadas, tendo suas terras compradas por valores irrisórios (média de R$ 700,00 por ha), seus direitos a propriedade imaterial, posse direta, dignidade cultural, competitividade no mercado violados e que todo o processo de licenciamento é questionável no âmbito jurídico, técnico e ambiental.
Além disso, o Relatório de Impactos Ambientais – RIMA, é totalmente negligente quanto a presença de um importante sítio arqueológico existente na região, o Lajedo de Soledade, onde podemos encontrar várias pinturas rupestres com datações que extrapolam os 10.000 anos de idade, representando um significativo registro do homem pré-histórico nordestino. O próprio RIMA cita que o Lajedo de Soledade está situado dentro da área impactada do projeto, no entanto omite maiores detalhes sobre quais impactos e quais ações mitigadores deverão ser tomadas, quanto a estes impactos, sendo desprezada qualquer outra informação sobre o Lajedo.
Entre os vários pontos que não foram elucidados, temos a incerteza da origem da água que abastecerá o empreendimento, sendo que em alguns pontos o RIMA mencionar que as águas utilizadas virão do reservatório de Santa Cruz do Apodi, e, no mesmo documento, as águas que serão empregadas, será as do projeto de transposição do Rio São Francisco, que ainda não tem perspectiva para chegar até a região da Chapada do Apodi. Somado a esses problemas, temos ainda o baixo potencial hídrico de abastecimento da obra, que de acordo com o próprio RIMA, as águas que abastecerão o perímetro irrigado só estarão disponíveis por apenas 5 anos, sendo que após isso, a região não terá mais condições hídricas de sustentar uma obra com tal demanda.
Esta petição tem por objetivo a suspensão das obras e licenciamento do projeto “Perímetro Irrigado da Chapada do Apodi”, obra do Governo Federal, conduzida pelo DNOCS (Departamento Nacional de Obras Contra a Seca), que visa a implantação de um sistema de agricultura irrigada na Chapada do Apodi. Projeto este, que está sendo conhecido pela população local como: ‘Projeto da Morte’.



quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Projeto de Irrigação Santa Cruz do Apodi é ataque ao meio ambiente e aos direitos culturais, históricos e patrimoniais das comunidades da região

11/12/2012

Milhares ocupam as ruas de Apodi e exigem do governo abertura de diálogo e suspensão do projeto

Escrito por: William Pedeira

Cerca de três mil pessoas, em sua grande maioria mulheres, tomaram as ruas do município de Apodi, no Rio Grande do Norte, para expressar seu descontentamento e revolta ao Projeto de Irrigação Santa Cruz do Apodi, conhecido como “projeto da morte”. Um grito de denúncia ecoado pelas centenas de famílias, na iminência de serem expulsas de suas terras e terem sua história apagada, em conjunto com população local e representações políticas nacionais da CUT, Contag, Marcha Mundial das Mulheres e de outros movimentos sociais.
O ato expressivo fez parte das “24 horas de ação feminista” organizada pela Marcha Mundial de Mulheres nesta segunda-feira, 10 de dezembro, quando foi celebrado o Dia Internacional de Direitos Humanos.
A concentração teve inicio às 8h com a caminhada partindo às 9h30 e ocupando as ruas de Apodi. Logo após, ocorreu um ato político no centro do município com a presença de Carmen Foro, vice-presidenta da CUT e coordenadora de Mulheres da Contag; Rosane Silva, secretária da Mulher Trabalhadora da CUT; Nalú Faria, coordenadora da Marcha Mundial de Mulheres; Francisca Antônia de Lima Carvalho (Kika), vice-presidenta do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Apodi; e Francisca de Paiva (Ika), moradora da comunidade local. Estas duas últimas companheiras que têm sido referência na luta contra o projeto. O ato foi finalizado na chapada do Apodi, quando a manifestação fechou a estrada por alguns minutos em forma de protesto. “Foi um grande ato com presença de trabalhadores rurais, sindicatos urbanos, especialmente do SINTE, estudantes, MST e claro milhares de mulheres da Marcha Mundial e sua batucada”, relatou Rosane Silva.
Capitaneado pelo Ministério da Integração Nacional através do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) e com investimentos provenientes do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o Projeto pretende desapropriar uma área com cerca de 14 mil hectares, que equivale a 14 mil campos de futebol, para a implementação de um programa de fruticultura irrigada. Ali, habitam atualmente cerca de 800 famílias divididas em cerca de 30 comunidades rurais. São grupos populacionais que possuem aspectos culturais, históricos e sócio-econômicos próprios, constituindo-se uma referência nacional em produção agroecológica e familiar.
Em dossiê-denúncia, entidades locais, nacionais e moradores da região apontam diversas violações que serão implementadas com projeto: desrespeito aos direitos humanos, culturais, históricos e patrimoniais das comunidades que residem na região; degradação ambiental à uma localidade que possui características de relevo, fauna e flora peculiares, bem como formações arqueológicas de grande importância para o patrimônio histórico brasileiro; investimento de dinheiro público em uma obra onde não há perspectiva de resultado econômico e social, além de servir como propulsora de uma das maiores tragédias do sertão nordestino nos últimos anos.
“Este é o mesmo local onde o ex-presidente Lula anunciou em 2005 o conjunto de programas Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) Mulher e Pronaf Agricultura Familiar. Portanto, é uma contradição muito grande. É a expressão da disputa do modelo de produção agrícola. É outro programa contrapondo ao projeto de convivência com o semi-árido e de produções agroecológicas construído ao longo de vários anos pelas comunidades locais e reconhecido nacional e internacionalmente. Sabemos que quando o capital quer se estabelecer passa por cima de tudo”,  critíca Carmen.
O custo para construção do projeto ultrapassa os R$240 milhões. Em momento algum, cita Carmen, as comunidades locais foram chamadas para expressar sua opinião. Foram apenas comunicadas sobre a construção do projeto e o consequente  remanejamento das ações indenizatórias que muitas vezes são irrisórias e não compensam todo o prejuízo social, material, cultural e ambiental.
De acordo com a dirigente da CUT, após a Marcha das Margaridas realizada no ano passado, a presidente Dilma suspendeu a assinatura do projeto. Mas essa suspensão foi logo revista. “Infelizmente, não temos um canal de diálogoaberto. Há toda uma preocupação, um empenho nacional em buscar este diálogo com o governo. Nossa esperança é que com este ato expressivo e sua repercussão o governo convoque uma conversa com os atores envolvidos. É um processo incansável de luta até que seja respeitado os direitos da população local com a suspensão permanente do projeto.“
Informações inconsistentes – segundo a legislação ambiental vigente, empreendimentos como os perímetros irrigados precisam passar obrigatoriamente por um estudo aprofundado que possibilite dimensionar os ataques contra o meio ambiente, assim como as violações de direitos humanos, históricos e sociais.
Acontece que no respectivo projeto ficam evidentes as inconsitências e contradições no Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e no Relatório de Impacto Ambiental (RIMA). Não quantifica os impactos e tampouco oferece condições reais que possam dimensionar as agressões ao meio ambiente. As explicitações, segundo o dossiê, se reduzem as imprecisões no âmbito das possibilidades, não apresentando dados concretos que caracterizam as violações ao meio ambiente.
São agressões ao solo por conta do desmatamento de grande área e movimentos de terra, agressões nas reservas hídricas ocasionadas pelo escoamento das águas contaminadas por agrotóxico, defensivos agrícolas e fertilizantes utilizados pela produção da fruticultura irrigada. Em função do desmatamento e do manejo do solo também poderão ocorrer problemas de erosão, assoreamento dos corpos de água e falta de controle no uso de fertilizantes e biocidas, além da salinização do solo decorrente do manejo incorreto da técnica e do sistema de drenagem.
Há na área de influência indireta do empreendimento grande associação fossilífera do período cretáceo, com a presença de fósseis de grupos vertebrados e invertebrados, cuja importância se ressalta em função de seu valor histórico, científico e cultural para o estado do Rio Grande do Norte.
Tais problemas foram apontados no EIA-RIMA somente de maneira artificial, sem nenhuma análise profunda dos impactos.
- Veja aqui o dossiê completo sobre as consequências do Projeto para as comunidades da região.



quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Vem aí o Festival de Arte e Cultura para a Cidadania em Russas


Russas se prepara para o Festival de Arte e Cultura para a Cidadania. O evento será realizado pela Oficarte Companhia de Teatro, Ponto de Cultura Brincantes de Teatro e Cáritas Diocesana de Limoeiro com o objetivo de apresentar o resultado das ações desenvolvidas com os filhos/as de catadores/as do lixão da comunidade do Alto São João de Russas, do lixão da Cidade Alta de Limoeiro do Norte e do Grupo de Jovens de Potiretama. O projeto Catando Cidadania desenvolvido com o apoio da Cáritas Brasileira Regional Ceará, da Kinder Missionswerk e da Cáritas Internationalis e a parceria da Cáritas Diocesana de Limoeiro, da Oficarte (Russas) e Associação projeto Paz e União (Limoeiro) atende crianças e jovens do bairro Alto São João e Cidade Alta objetivando erradicar o trabalho infantil nessas comunidades através do resgate da arte e da cultura. A programação do Festival iniciará com um cortejo saindo da Praça dos Estudantes até o GARTES e contará com oficinas de Hip-hop, técnicas circenses, teatro e sistematização, além de apresentações artísticas dos grupos atendidos e da peça "CAPITÃO RODOPIO - OFICARTE/PCBT de Russas, exibição de curtas e de fotos resultantes do trabalho feito pelas crianças do Bairro Alto São João.
Seja bem vindo, seja bem vinda a prestigiar e abrilhantar o Festival de Arte e Cultura para Cidadania.
DIGA NÃO AO TRABALHO INFANTIL.
LUGAR DE CRIANÇA É NA ESCOLA.

Campanha de Solidariedade às famílias Cearences



Show com artistas populares divulgará campanha de arrecadação de alimentos

Vários grupos artísticos tocarão por uma só causa: ajudar as famílias do semiárido cearense atingidos pela falta de chuva. O show de abertura da campanha “Solidariedade às famílias do semiárido cearense” será no dia 19 de dezembro a partir das 19h no Mercado dos Pinhões na Praça Visconde de Pelotas – entre as ruas Gonçalves Ledo e Nogueira Acioli próximo a Av. Monsenhor Tabosa. Para entrar e curtir uma boa música basta doar um quilo de alimento não perecível ou água potável.


A ideia dessa ação partiu da iniciativa dos grupos Samba de Rosas, Companhia Bate Palmas, Fulô da Aurora e apoio do Candeeiro Cultural que sensibilizados com a situação da seca no estado, se juntaram para organizar essa apresentação no intuito de arrecadar donativos para as famílias atingidas pela estiagem. Os alimentos e água arrecadados na campanha serão armazenados no comando do Corpo de Bombeiros e rapidamente entregues às famílias que serão indicadas pela Cáritas Regional Ceará. Apoiadora da campanha, a Cáritas desenvolve projetos em várias cidades com a construção de tecnologias que ajudam na convivência com as questões semiáridas.

Além da Cáritas o evento contará com o apoio da Defesa Civil do Município e do Comando do Corpo de Bombeiros.

Doações

A campanha continuará mesmo depois do show e quem quiser fazer suas doações poderá procurar diretamente o Comando do Corpo de Bombeiros da Praça do Colégio Liceu do Ceará na Rua Oto de Alencar, 215 Jacarecanga. Maiores informações pelo telefone (85) 3101-2219 e falar com comando da guarda.

Números da seca

Segundo dados do caderno lançado em novembro pelo Jornal o Povo intitulado Planeta Seca, 178 municípios já decretaram situação de emergência ao governo estadual, apenas 6 não anunciaram como Aquiraz, Eusébio, Fortaleza, Guaramiranga, Itaitinga e Pacatuba.

Isso significa dizer que mais de 1.884.338 pessoas foram afetadas de alguma forma pela seca, além disso, mais de 69,37% da safra já foi perdida. Mais que apontar números fica o apelo para que o governo estadual e brasileiro tome providências diante da fome e da sede que vem castigando a população do semiárido nordestino. A falta não é somente de água e alimento mais justiça social e ambiental.

Sobre os grupos

O Grupo musical Fulô de Aurora faz parte de uma nova fase da música feita no Ceará, aonde a tradição oral vem sendo redescoberta e novos grupos surgem em meio ao ruído das praças, às festas nos quintais, à música que nos une.

Samba de Rosas é formado por sete mulheres e tem como ponto de partida e influência o samba, passeando por várias vertentes rítmicas de matriz africana. A forte identificação com a cultura negra é traço marcante.

Formado por jovens do Conjunto Palmeiras e sob a coordenação do cantor e compositor Parahyba, a Companhia Bate Palmas é um grupo de arte, educação e cultura. Com quase 3 anos de existência a Cia resgata em suas músicas os valores e a história do Conjunto Palmeiras, dando ênfase à cultura do povo daquela região.
Contatos: Jacinta - Jajá (85) 8785 8074 / Adriano de Almeida (85) 8884 1062 / Ligia Viana (85) 8650 2095 / (85) Cáritas Regional Ceará (85) 3253 6998
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